Durante toda a campanha eleitoral para a presidência da república o então candidato Lula usou aquilo que condicionou-se a chamar de ‘orçamento secreto’ para atacar seu principal rival, Jair Bolsonaro: “o orçamento secreto é a excrescência da política brasileira”, escreveu o petista em seu perfil oficial do Twitter no dia 27/07/2022.
Agora, menos de dez meses depois, o presidente eleito e empossado ordenou que fossem pagos R$ 9 bilhões, não mais do orçamento secreto, mas das emendas do relator, nome mais amigável e discreto.
O problema é que o STF, em dezembro de 2022, declarou a ilegalidade dos valores repassados até então e ordenou a devolução. O que Lula movimenta agora é o valor residual; que em tese também está abarcado pela decisão da corte.
DERROTAS ESTIMULARAM LIBERAÇÃO
A decisão do governo de mexer no vespeiro do orçamento secreto coincide com uma série de derrotas sofridas no congresso nacional. Como contrapartida pela generosidade o Planalto espera mais flexibilidade por parte do legislativo.