A recém lançada série Cleópatra, um dos maiores investimentos da gigante do streaming Netflix em 2023, já se via cercada de polêmicas antes mesmo de ser disponibilizada na plataforma. No olho do furacão, a etnia da personagem principal, interpretada por uma atriz negra, o que enfureceu não só o público, cansado das ‘lacrações’ da empresa, mas também – e principalmente – o governo egípcio, que decidiu até processar os responsáveis pela produção. Cleópatra tinha origem greco-macedônica, sendo, portanto, branca.
Mas se a coisa já cheirava a desastre antes, o lançamento da série na Netflix não só confirmou as expectativas como as superou. Negativamente, é claro. No popular site Rotten Tomatoes, que compila críticas de profissionais, amadoras e da audiência, a superprodução conta até o momento com a vexatória taxa de aprovação de 11% entre críticos e um inacreditável 1% entre usuários comuns da Netflix.
PÚBLICO NÃO TOLERA MAIS TANTA POLITIZAÇÃO
O retumbante fracasso de Cleópatra vem na esteira de outras decepções da indústria cinematográfica que escolheram o caminho da politização em detrimento da fidelidade às obras originais. Exceção feita a ‘Homem-Aranha 3’ e do recém lançado ‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’, todas as séries e filmes da Fase 4 dos Estúdios Marvel foram massacrados pelos fãs. Em comum, trocas de gênero e/ou etnia de personagens clássicos e muita, muita lacração. A série da Amazon ‘Anéis do Poder’ não se saiu melhor, pelo contrário, foi mais rechaçada ainda, assim como já está sendo o mais recente remake de Peter Pan; que agora divide o protagonismo com a personagem feminina Wendy.
O fato é que cedo ou tarde Hollywood terá que aceitar a realidade do mercado e entender que tudo que a audiência quer é um bom produto, de preferência que trate a história original com respeito, quando for este o caso. Caso a indústria não acate o gosto do cliente, as ‘flopadas’ seguirão prevalecendo e os prejuízos continuarão a se acumular.