Nos próximos dias, o ex-presidente Jair Bolsonaro planeja se reunir com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o líder do partido na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (RJ), com o objetivo de acalmar os ânimos dos membros da legenda.
Houve uma discussão acalorada no grupo de WhatsApp após a aprovação da reforma tributária. A data exata da reunião ainda será definida.
O PL é o maior partido na Câmara dos Deputados, com 99 integrantes, e a maioria votou contra a reforma tributária. No entanto, 20 parlamentares do partido votaram a favor da proposta, que será analisada pelo Senado no segundo semestre deste ano. Após a votação, os deputados se envolveram em uma discussão por meio de mensagens.
O desentendimento teve início quando o deputado federal Vinicius Gurgel (AP) explicou os motivos que o levaram a votar a favor do texto. Em seguida, houve uma troca de farpas entre os parlamentares filiados ao PL.
O racha no partido também foi intensificado devido ao desentendimento entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Eles discordaram sobre a reforma tributária, já que Tarcísio apoiou a aprovação do projeto, mesmo diante da posição contrária de Bolsonaro.
Contudo, Tarcísio afirmou que o atrito foi superado e que ele “será sempre leal e grato ao ex-presidente”. Ele reconheceu que deve sua posição atual a Bolsonaro, afirmando: “Se estou aqui, eu devo a ele”.