Em entrevista concedida ao canal Opera Mundi em novembro de 2021, o cacique petista José Genoíno abriu o jogo sobre os planos do PT para as Forças Armadas caso vencessem as eleições do ano seguinte.
Entre as medidas sugeridas estavam a eliminação do artigo 142 da Constituição, que trata do papel das Forças Armadas na ordem constitucional; a reforma dos currículos militares; a reorganização do Exército, que ficaria sob comando político; uma mudança na promoção dos oficiais; a integração militar dos países latino-americanos, para fazer frente aos Estados Unidos; a quarentena àqueles oficiais que venham a ocupar cargos públicos; e a diminuição de militares em funções políticas.
Genoino foi questionado então sobre uma possível resistência dos militares diante deste cenário, no que respondeu sem hesitação:
“O governo tem de quebrar várias tutelas, essa é uma delas. A segunda é do Ministério Público Federal, a terceira é da independência do Banco Central e a quarta é do teto de gastos. Há mais questões, mas ficaremos nessas quatro”, disse o ex-deputado. O teto de gastos foi o primeiro objetivo a ser alcançado.
Já Celso Amorim, que recentemente foi enviado à Kiev por Lula para tentar amenizar a saia justa gerada por declarações desastrosas do presidente sobre o confronto dos ucranianos com a Rússia – não obteve sucesso -, disse em novembro de 2022 que o PT tinha o objetivo de criar uma Guarda Nacional e “despolitizar” as Forças Armadas. A iniciativa é similar à adotada pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, que tirou do Exército o dever de atuar em crises relacionadas à segurança pública.
PLANO EM PLENA EXECUÇÃO
Hoje, Lula falou em discurso que nossas Forças Armadas trabalharão em conjunto com as da Venezuela no “combate ao tráfico de drogas na fronteira”. Talvez esteja aí o primeiro passo para a criação da guarda nacional bolivariana latino-americana, como desejava Genoino em 2021. E não parece que o alto comando do exército, pelo menos por enquanto, se oponha a isso.