Após meses de desgaste público desnecessário, acusações infundadas e muitas narrativas, a Receita Federal decidiu que os conjuntos de joias sauditas trazidas ao Brasil por integrantes do governo Jair Bolsonaro são isentos de cobrança de imposto.

O Globo teve acesso ao documento oficial do órgão de fiscalização que afirma “não haver cobrança de imposto de importação em face da União quando se trata de bem destinado ao presidente, ainda que ingresse no país trazido e portado por viajante distinto do próprio”.

É o que a defesa do ex-presidente vinha tentando explicar desde o início. Difícil acreditar que foi necessário todo esse tempo para esclarecer algo tão simples.

FABRICADO?

Difícil crer também que os funcionários responsáveis pela apreensão não conhecessem regras básicas da atividade de fiscal, ou mesmo que não tivessem acesso fácil e rápido à regulação referente, a fim de evitar tamanho transtorno. De uma forma ou de outra, a imagem que fica manchada é a da Receita Federal, incapaz de fazer um simples arroz com feijão de bandejão, não a de Bolsonaro, que sai dessa fortalecido, após ser mais uma vez vítima de injustiça.