A comunidade internacional não esconde sua insatisfação com o posicionamento pró-Putin do governo brasileiro, e as últimas declarações de Lula após o encerramento oficial do G7 não ajudaram a remediar a situação.
“Nem o Putin nem o Zelensky querem a paz”, disse o presidente. Ele foi além e afirmou que sua ida ao evento não tinha como objetivo “discutir a solução da guerra”. Segundo Lula, o palco ideal para isso seria a ONU.
O interessante é que o petista não pensava desta forma em sua viagem anterior. E ela não teve a ONU como destino. Durante sua estadia em Londres, onde acompanhou a coroação do Rei Charles III, Lula declarou ter se reunido com Emmanuel Macron, presidente da França, para tratar da guerra da Ucrânia, e que tentaria fazer o mesmo com outros líderes presentes no evento.
Lula tentou justificar também o constrangedor jogo de gato e rato protagonizado por ele e Volodymyr Zelensky no Japão:
“O fato é muito simples, tinha uma bilateral com a Ucrânia aqui neste salão. Nós esperamos e recebemos a informação de que eles tinham atrasado. Enquanto isso, eu recebi o presidente do Vietnã. Quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu”, disse.
Os relatos, no entanto, são de que Lula teria evitado o presidente ucraniano quando abordado para acertar um encontro bilateral que se encaixasse nas agendas de ambos, e que depois teria oferecido um horário a Zelensky sem saber se ele estaria disponível. Dada sua ausência, não estava; ou preferiu não comparecer após ser destratado.
