Enquanto o Planalto segue focado na CPMI do 8 de janeiro, tentando se apropriar de seus postos principais e assim garantir que as investigações não mirem a situação, duas outras comissões parlamentares correm por fora e podem terminar por cumprir o papel de bala de prata do já combalido governo Lula.
A primeira é a CPI do MST, a ser realizada pela câmara dos deputados. Ela será presidida pelo Coronel Zucco (PL-RS) e relatada por Ricardo Salles (PL-SP). As ligações íntimas do movimento social com o PT nunca foram segredo para ninguém, e aparentemente Lula não faz questão alguma de mudar isso, tendo inclusive levado João Pedro Stedile como membro de sua comitiva presidencial em recente visita oficial à China. Contudo, caso reste comprovado incentivo estatal na prática de crimes cometidos pelo grupo a situação do presidente da república pode se tornar insustentável.
Já a CPI das ONGs terá como palco o senado federal, e é fruto de uma batalha de cinco anos de Plínio Valério (PSDB-AM). O objetivo principal será investigar a aplicação dos bilhões em recursos doados ao Fundo Amazônico. Existe forte suspeita de que boa parte desse dinheiro não só tenha sido desviado, mas também utilizado em práticas ilegais, como exploração de riquezas minerais e tráfico de animais silvestres. Como se sabe, a suposta proteção da floresta amazônica e parcerias com organizações não governamentais estrangeiras são bandeiras das esquerdas no mundo inteiro, em especial aqui no Brasil.
