Lula não anda nada satisfeito com o trabalho de Alexandre Padilha, seu ministro de Relações Institucionais. Após série de derrotas no Congresso Nacional, como o adiamento da votação do PL das fake news e a desfiguração de seu decreto sobre o marco do saneamento, o Presidente da República resolveu tomar as rédeas das interlocuções com os líderes de MDB, PSD, União Brasil e PSB. O mandatário quer fidelidade da base, o que não foi visto quando, por exemplo, a imensa maioria dos deputados desses partidos votou contra o decreto que favorecia estatais em detrimento de empresas privadas do setor de água e esgoto. Tarefa árdua.
O chefe do executivo parece ignorar regionalidades. Muitas das concessões do saneamento foram obtidas por empresas que mantém laços com os mesmos grupos políticos que ele deseja controlar. Se por um lado o investimento privado melhorou em muito os serviços oferecidos à população, por outro, a influência política permanece intacta na divisão de fatias; e dificilmente Lula conseguirá mudar uma situação que favorece essas duas pontas.
Resta agora aguardar e conferir como essa nova maneira de articular influenciará outras pautas.