LIRA E LULA: A REUNIÃO SECRETA

Foto: Reprodução/Metrópoles

Lula recebeu hoje (05/06) pela manhã, no Palácio do Alvorada, o presidente da câmara dos deputados Arthur Lira, um aceno de paz da parte do Planalto após a série de desentendimentos ocorridos no transcorrer da semana passada. O teor da conversa não foi divulgado, mas suas consequências começaram a ser sentidas quase que imediatamente após seu fim, assim que Lira atravessou o portão de saída da residência oficial do presidente da república e entrou ao vivo na CNN.

“O Congresso não é um Congresso que foi eleito progressista de esquerda. É um Congresso reformador, liberal, conservador, que tem posicionamentos próprios. Nós sabemos que a dinâmica hoje é outra. Através das redes sociais, os parlamentares sofrem influência direta dos seus eleitores. A realidade fática de um Congresso de hoje não é igual ao de um Congresso de 20 anos atrás”, avaliou Lira.

É crítica constante, inclusive de aliados próximos, que o presidente não se adaptou a essa nova realidade, que ainda vive em seus mandatos anteriores, época em que, como ele próprio confessou em vídeo, mentia e inventava números, sem contraditório. Mas mentira tem perna curta em tempos de internet.

“O governo precisa se mobilizar, a articulação precisa estar mais atenta e eu penso que dentre todas essas articulações o governo vai, a partir de hoje, com a participação do presidente Lula, ter uma participação mais efetiva na construção dessa base mais sólida”, completou o deputado.

TOMA LÁ, DÁ CÁ

Quem conhece Brasília captou a mensagem. No dicionário da capital federal articulação significa cargos, e Lula é bastante familiarizado com a prática. De acordo com o blog Metrópoles, a movimentação de hoje no Palácio do Planalto após a chegada do presidente foi intensa e atípica. Líderes de partidos da base aliada foram convocados para reuniões, provavelmente o início das tratativas para acomodar as exigências de Lira e, ao mesmo tempo, minimizar os danos que isso trará às relações entre governo e essas legendas. Dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo, e para que apadrinhados do centrão ocupem espaços, aqueles que estão lá hoje precisarão sair.

ESTRAGO

Lula está prestes a virar passageiro em seu próprio governo. Ou cede às investidas de Lira ou terá que recorrer ao STF para não cair.

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