LULA COMPRA BRIGA POR ZANIN E ENFURECE ALIADOS PERIGOSOS

Foto: Débora Brito/Agência Brasil

Lula bateu o martelo, quer Cristiano Zanin, seu advogado há mais de dez anos, na vaga deixada pelo aposentado Ricardo Lewandowski. O problema é que dois de seus aliados mais importantes, daqueles que ainda dão sustenção a sua já cambaleante base, não gostaram da notícia.

O primeiro deles é Renan Calheiros, inimigo mortal de Arthur Lira e que transita como poucos nos corredores escuros do parlamento. Renan queria Bruno Dantas, atual presidente do TCU. Dantas desempenhou papel fundamental na defesa do sistema eleitoral, seu relatório sobre as urnas foi base de toda argumentação em favor do projeto do TSE. Preparadíssimo, ambicioso e fiel, seria um verdadeiro cão de guarda do senador no judiciário.

O segundo é Alexandre de Moraes, que pretendia escalar seu escudeiro de TSE Benedito Gonçalves na posição. Indicado pelo próprio Lula para o tribunal eleitoral no apagar das luzes de seu segundo mandato, Gonçalves ganhou a confiança de Moraes após cumprir toda missão a si confiada pelo protetor durante a campanha eleitoral.

ZANIN VAI PASSAR PELO SENADO?

Rodrigo Pacheco já se mostrou disposto a ajudar na articulação de Zanin, mas o nome do advogado encontra forte resistência fora do entorno próximo de Lula.

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

O hoje deputado federal Alexandre Ramagem, então delegado condecorado e respeitado da Polícia Federal, não pode assumir a direção-geral da instituição quando foi indicado para a vaga pelo à época presidente Jair Bolsonaro. Era o ano de 2019, primeiro do mandato, e Moraes vetou a nomeação alegando desvio de finalidade. Ramagem conhecera Bolsonaro pouco tempo antes, ao ser designado para chefiar sua segurança após a facada que quase lhe tirou a vida. Uma relação profissional que se transformou em relação de confiança. Bolsonaro cedeu, naquilo que talvez tenha sido seu maior erro como presidente.

Já Cristiano Zanin tem laços muito mais fortes, duradouros e até familiares com Lula. O presidente é padrinho de um dos filhos do amigo. Se isso já não fosse o suficiente, o cargo de ministro do STF é substancialmente mais importante que o de diretor-geral da PF, mas nada disso parece ilegal o bastante para sensibilizar quem viu, com lupa e farta dose de subjetividade, ilegalidade na nomeação de Ramagem.

CONSEQUÊNCIAS

É ponto pacífico em Brasília, Calheiros e Moraes são dois nomes que não se deve desagradar. Um age com discrição, já o outro não faz questão alguma de se esquivar.

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