Lula liberou um montante de R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares, estabelecendo um novo recorde, em meio a negociações com o Congresso para a aprovação de projetos na área econômica.
A autorização para os repasses ocorreu no dia 4 de julho e se concentrou nos recursos do Ministério da Saúde, que havia sido alvo de críticas por parte do centrão devido à demora na destinação dos recursos das emendas.
O recorde anterior era de R$ 1,7 bilhão, estabelecido no final de maio durante a votação da Medida Provisória da Esplanada. Na ocasião, o governo de Lula enfrentou uma possível derrota, com a iminência de perder a votação relacionada à estrutura dos ministérios no terceiro mandato.
Nesta ocasião, o governo concentrou a liberação dos recursos em emendas de bancada, que são projetos apadrinhados por deputados e senadores de cada estado. Portanto, o dinheiro atende a pedidos de parlamentares de diferentes partidos, tanto governistas quanto oposicionistas.
Líderes do centrão afirmam que esses tipos de repasses não resolvem as principais demandas apresentadas pelo Congresso ao Palácio do Planalto, uma vez que se tratam de emendas obrigatórias. No entanto, a retenção desses recursos poderia aumentar o desgaste do centrão com Lula, que busca expandir sua base de apoio no Congresso.
Temos então a compra de votos favoráveis com uso de dinheiro público, tudo feito à luz do dia, sem disfarces. Como o ex-presidente Jair Bolsonaro alertara, a volta do PT seria o retorno do ‘toma lá, dá cá’. E ele estava certo.
