Pelo jeito as Forças Armadas resolveram expandir a submissão para além da terra firme. Nesta quinta-feira (15/6), uma delegação da Marinha da China desembarcará no Brasil como parte de uma agenda na qual os chineses buscam estabelecer parcerias com os países da América do Sul.

Durante a visita, a Marinha brasileira apresentará à China um plano de estudo sobre a presença de potências navais na região marítima. O objetivo é avaliar os impactos das potências navais no Atlântico Sul e discutir estratégias de segurança marítima e cooperação regional.

As autoridades brasileiras têm a preocupação de que o crescente interesse das potências globais no Atlântico Sul possa representar riscos à segurança marítima, como o aumento de crimes no oceano e o vazamento de dados transmitidos por cabos submarinos.

Essa aproximação entre Brasil e China tem se intensificado na última década, à medida que a Marinha chinesa passou a considerar o Atlântico Sul uma área de exploração prioritária.

Pequim tem fortalecido laços com países da costa ocidental da África por meio de visitas e exercícios militares. Recentemente, autoridades chinesas manifestaram interesse em construir uma base naval em Ushuaia, na Argentina, para consolidar sua presença tanto no Atlântico Sul quanto no Ártico.

A comitiva chinesa será liderada pelo secretário da Marinha, Yuan Huazhi. Também fazem parte do grupo o vice-chefe do Estado-Maior da Marinha chinesa, contra-almirante Li Pengcheng, e o adido de Defesa da China no Brasil, general de brigada Zhang Linhong, além de outros cinco oficiais.

HUMILHAÇÃO

O anúncio do encontro vem poucos dias após site chinês, sob tutela do governo Xi Jinping, publicar matéria avaliando o Exército Brasileiro como o segundo pior do mundo.