O generalado do exército brasileiro não recebeu bem as fortes críticas do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) às Forças Armadas.

Dentre outros temas, Salles destacou o desfavorável custo benefício do orçamento anual do ministério da defesa. Pontuou que o retorno visto pela sociedade é irrisório quando comparado ao investimento feito em estrutura militar, e não perdeu a oportunidade de citar a inação de Marinha, Exército e Aeronáutica quando o país mais precisou. Para completar, o deputado defendeu a revogação do Art. 142 da Constituição, que versa sobre o papel das forças armadas na garantia da lei e da ordem, e confrontou o atual comandante do exército, general Thomás Paiva, sobre o soldo de quase R$ 800 mil recebido por ele ao ser transferido para a reserva.

Um dos que se manifestaram nas redes sociais foi o general Paulo Chagas, que preferiu ofender Salles em lugar de apresentar contra-argumentos.

Outro militar que expressou sua insatisfação foi Paulo Filho. O coronel da reserva, que possui mestrado em Defesa e Estratégia pela Universidade Nacional de Defesa de Pequim, na China, até apresentou seu ponto de vista, mas não reagiu bem ao ser questionado em sua sessão de comentários.

Ao que parece, Ricardo Salles tocou em um tema bastante sensível no meio militar, e provocou reações que nem as mais graves violações produzidas contra a constituição em anos recentes foram capazes de causar.