OS LUXOS DE FLÁVIO DINO

Foto: Divulgação/Governo do Estado do Maranhão

Parece que o chefe do atual ministro da justiça não é o único a apreciar as facilidades oferecidas por um bom hotel de luxo, principalmente quando pago com o dinheiro do contribuinte. Em dezembro de 2021 um levantamento feito pelo jornal Folha do Maranhão apontou que o governo do estado, administrado à época por Flávio Dino, havia gasto um total de R$ 1.795.495,03 com diárias em suítes de luxo em hotéis de São Luís.

Segundo o estudo, realizado entre os anos de 2015 e 2021 com dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), apenas três hotéis da capital maranhense foram contratados, sendo eles: Hotel Abbeville, Skina Hotel e Veleiros.

HELICÓPTERO

Dispor de um helicóptero de plantão não chega a ser um espanto em se tratando de um governo de estado, pelo menos a princípio. O problema começa quando existe suspeita de superfaturamento em seu abastecimento. Conforme investigação realizada pela PGR em 2020, o governo do Maranhão celebrou um contrato para a aquisição de 175 mil litros de combustível anualmente, destinados ao abastecimento de um helicóptero do modelo EC-145 utilizado pela Secretaria de Segurança. Com base nas informações preliminares levantadas pelos investigadores, estimava-se que o consumo anual desse helicóptero, considerando o uso previsto no contrato de 60 horas por mês, fosse de 144 mil litros. A Procuradoria-Geral da República suspeitava que 31 mil litros a mais tivessem sido adquiridos, o que acarretaria um prejuízo de R$ 267 mil aos cofres públicos.

ALUGUÉIS CAMARADAS

Um ano antes, em 2019, Dino era acusado de agraciar amigos donos de imóveis com contratos de aluguel para lá de generosos. Na época, diante da demora do Tribunal de Contas do Maranhão (TCE), em emitir um parecer sobre um processo em andamento no tribunal, a administração de Flávio Dino (PCdoB) no Palácio dos Leões fechou mais um contrato de locação de imóvel questionável.

Conforme revelado pela Folha do Maranhão, o novo contrato de aluguel havia sido estabelecido entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o desembargador Jamil Gedeon, do Tribunal de Justiça maranhense.

Durante os 36 meses seguintes, a secretaria pagaria mensalmente ao desembargador a quantia de R$ 20.700, totalizando R$ 745.200, pela locação de uma mansão localizada na Alameda Mearim, número 200, no bairro do Olho d’Água, em São Luís. O imóvel seria transformado em centro de reabilitação para pessoas com TEA (Transtorno de Espectro Autista). O grande porém é que já existia um bem equipado Centro de Educação e Reabilitação (CER) no mesmíssimo bairro, fora a relação pessoal entre Dino e Gedeon.

ASSESSORIA MILIONÁRIA E DESNECESSÁRIA

Já em 2016, o então governador quis ficar bonito na fita e fechou um contrato de 12 meses em assessoria de imprensa e gestão de imagem por um valor total de R$ 6 milhões. O detalhe é que Dino já disponibilizava de equipe própria de jornalistas no Palácio dos Leões.

Como se vê, nem sempre o forte discurso de redistribuição de renda e equidade anda de mãos dadas com as práticas de Flávio Dino.

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