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Mauro César Barbosa Cid, ou tenente-coronel Cid, como é chamado no Exército, foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro durante todo seu período à frente do Planalto. De carreira irretocável, o futuro parecia promissor para o filho de general de 44 anos, mas a ligação forte com o ex-presidente e a implacável perseguição sofrida por ele acabaram por frustrar, pelo menos por enquanto, os planos do militar. Cid neste momento está preso em um cubículo de 20 metros quadrados do Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro, acusado por Alexandre de Moraes de participação em esquema de falsificação de carteiras de vacinação. A princípio ele foi alocado em uma cela da Polícia Federal, mas depois, a pedido do Exército, foi transferido. Pela lei, deveria ser julgado pela justiça militar.
Ontem, 07/05, foi divulgado que seu pai, o General Mauro Cesar Lourena Cid, colega de turma de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras, estaria irritadíssimo com a situação, chegando ao ponto de bradar a plenos pulmões que não aceitaria que o filho fosse ‘deixado para trás’. Nenhum pai aceitaria, assim como nenhuma mãe, esposa, filho ou filha. De Cid ou de qualquer um preso após os atos de 8 de janeiro, como, por exemplo, Anderson Torres e centenas de pessoas que se manifestavam pacificamente e que não participaram das ações de vandalismo que macularam os acampamentos em frente aos quartéis de todo o Brasil. Causa estranheza que o General Cid não aceite que apenas seu filho seja abandonado, se isentando de revolta em outros casos, muitos deles idênticos ao de sua família. Se há injustiça em um caso, há também em outros, e a postura das Forças Armadas, pelo menos em teoria, não deveria diferir em nenhum deles.
O Exército já declarou que não pretende levar o caso de Mauro Cid à justiça militar.