REVIRAVOLTA NA RÚSSIA: QUEM ESTÁ POR TRÁS E POR QUE

Enquanto no Brasil o golpe se dá pelas mãos de senhorinhas com bandeiras do Brasil rezando o terço em frente a quartéis e pedindo para que a Constituição seja respeitada, na Rússia a coisa está acontecendo à moda antiga, com tanques, tropas e tiros. Em comum, relatos de que mercenários insurgentes teriam defecado no gabinete de Putin, plagiando “patriota” fotografado em momento de privacidade durante as invasões do 8 de janeiro.

Sarcasmos e escatologias à parte, o Kremlin de fato aparenta estar em sérios apuros após o Grupo Wagner, frente mercenária comandada pelo ex-aliado de Vladimir Putin Yevgeny Prigozhin, se voltar contra o governo. Prigozhin acusou o próprio Ministério de Defesa da Rússia de atacar acampamentos da organização paramilitar, que vinha tendo participação ativa na invasão da Ucrânia. A Defesa nega.

ORIGENS

Yevgeny Prigozhin e Putin se conheceram em meados dos anos 1990. O então empresário fez fortuna ao fechar contratos para fornecimento de refeições com o Kremlin, o que lhe rendeu o apelido de “cozinheiro de Putin”. A criação do Grupo Wagner veio com os movimentos separatistas de 2014, principalmente na região de Donbass, leste ucraniano. Desde então as tropas mercenárias de Prigozhin se tornaram uma espécie de unidade militar paralela usada em operações de alto risco.

O QUE DE FATO ESTÁ ACONTECENDO

Os desentendimentos entre o Grupo Wagner e o Ministério da Defesa russo já se arrastavam há meses, mas nada indicava que um rompimento estivesse à mesa. Relatos históricos de discordâncias estratégicas entre lideranças militares distintas unidas em torno de uma causa comum são extremamente frequentes. Já casos como este, em que grupos aliados se voltam uns contra os outros, só costumam acontecer após o objetivo que os unira anteriormente ter sido alcançado. É uma situação bastante incomum; e que levanta suspeitas.

CENÁRIO GEOPOLÍTICO EFERVESCENTE

Coincidência ou não, desde que Joe Biden venceu as eleições americanas de 2020 que o mundo vem atravessando um período de instabilidade ininterrupta, com conflitos internacionais e internos tomando as manchetes da imprensa global – o principal deles, claro, a invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Casa Branca e Kremlin estão em lados opostos, com o governo americano, diretamente ou através da OTAN, dando suporte militar à Kiev e defendendo a soberania ucraniana em toda e qualquer oportunidade surgente.

Neste momento o governo Biden enfrenta sua maior crise interna, primeiro pela evidente demência cognitiva do presidente, e segundo, pelos seguidos escândalos envolvendo Hunter Biden, o filho-problema de Joe. Se a corrupção da família e o laptop infernal de Hunter foram devidamente acobertados durante a campanha presidencial, o pavio finalmente acabou e a bomba estourou. Não seria surpresa se os Estados Unidos estivessem por trás da insurreição de Prigozhin como forma de, mais uma vez, colocar panos quentes na sala de estar.

Curiosamente, a Casa Branca anunciou três dias atrás um “erro contábil” de U$ 6.2 bilhões no orçamento do Pentágono. O dinheiro teria sido enviado, por engano, para… a Ucrânia.

ONDE FICA O BRASIL NESSA HISTÓRIA

Esta semana foi oficialmente revelado o envolvimento direto da Casa Branca nas eleições presidenciais brasileiras de 2022, com direito a relatos de funcionários do alto escalão do Departamento de Estado norte-americano. O sentimento é de que Lula respondeu ao “auxílio” de Biden com ingratidão ao se bandear para o lado de Putin e Xi Jinping. Caso o governo russo caia e um grupo apoiado pelo governo americano assuma o Kremlin, o Planalto se verá diante de uma escolha dificílima: voltar atrás e pedir perdão a Joe Biden ou abraçar de vez o Partido Comunista Chinês e se voltar contra o ocidente.

De um jeito ou de outro pagaremos caro pela irresponsabilidade de Lula, que jogou no lixo um consistente histórico de neutralidade do Brasil em confrontos externos e nos colocou no olho de um furacão que pode vir a se tornar uma III Guerra Mundial. A solução para isso, assim como aconteceu em 2022, pode vir de Washington.

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