URGENTE: GOVERNO AMERICANO E AS ELEIÇÕES BRASILEIRAS DE 2022

Foto: Valter Campanato

De acordo com informações do Financial Times, os Estados Unidos teriam atuado nos bastidores das eleições brasileiras de 2022, pressionando líderes políticos e militares locais e buscando, nas palavras deles, “proteger a democracia no país”.

O objetivo principal era deixar claro aos aliados próximos do então presidente Jair Bolsonaro, que os Estados Unidos não permitiriam qualquer tentativa de questionar o processo eleitoral ou o resultado das eleições. As autoridades americanas teriam sistematizado uma campanha não anunciada envolvendo as forças armadas, a CIA, o Departamento de Estado, o Pentágono e a Casa Branca.

Segundo o ex-alto funcionário do Departamento de Estado e ex-embaixador no Brasil, Michael McKinley, “Foi um compromisso muito incomum. Foi quase um ano civil de estratégia, sendo feito com um objetivo muito específico, não de apoiar um candidato brasileiro em detrimento de outro, mas muito focado no processo [eleitoral], em garantir que o processo funcionasse”.

Já Tom Shannon, outro ex-alto funcionário do Departamento de Estado, afirmou que a tentativa de monitorar as eleições no Brasil teve início com a visita do conselheiro de segurança nacional do Presidente Biden, Jake Sullivan. “Sullivan e a equipe que o acompanhou saíram pensando que Bolsonaro era totalmente capaz de tentar manipular os resultados das eleições ou negá-los como [Donald] Trump havia feito”.

O mesmo relembrou uma conversa que teve com Hamilton Mourão, ex-vice-presidente do Brasil, durante uma visita a Nova York em julho de 2022. No dia seguinte a essa conversa, o Departamento de Estado americano apresentou um endosso ao sistema de votação brasileiro, afirmando que: “O sistema eleitoral capaz e testado pelo tempo e as instituições democráticas do Brasil servem de modelo para as nações do hemisfério e do mundo”.

“A declaração dos EUA foi muito importante, principalmente para os militares. Eles recebem equipamentos dos EUA e fazem treinamento lá, então ter um bom relacionamento com os EUA é muito importante para os militares brasileiros. A declaração foi um antídoto contra a intervenção militar”, declarou um agente estatal brasileiro que preferiu permanecer no anonimato.

CONSEQUÊNCIAS

Fica claro assim, pela cronologia dos fatos, que o ex-vice-presidente Hamilton Mourão foi a autoridade brasileira que garantiu à Casa Branca que o sistema eleitoral do Brasil era seguro.

Além disso, em se confirmando tais relatos, o governo Jair Bolsonaro teria sido alvo de flagrante invasão de soberania, agravada pela participação de agentes internos.

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